Ruta marroquí

Salam pessoal,

Também eu estou de regresso de uma semaninha a Sul. Muito a sul. A rota começou por Sevilha na sexta-feira, que já não me lembrava que fosse tão bonita, e a visita incluiu uma passagem improvisada por Cádiz que, não sei se sabem, tem um dos maiores carnavais do mundo. E nós passamos no meio dele. Aproximado ao de Olinda, no Brasil, totalmente virado para a palhaçada, são milhões de pessoas todas disfarçadas, individualmente e em gurpo, mas com muito mais javardice e álcool, claro. Olhem-me só para este Becas..

...o Egas estava ao lado, em coma.




Ora de Cádiz partiu-se para a aventura marroquina. Aventura ao estilo montanha russa que começou no porto de Tarifa e só terminou no porto de Tarifa. Depois de passar a descaracterística Tânger seguimos rumo à belíssima Chef Chaouen. Não fosse o facto de termos sido perseguidos na estrada ziguezaguente até lá por duas vezes por carrinhas marroquinas com loucos varridos a fazer sinais de luzes e tentar fazer-nos parar para, provavelmente, vender "chocolate" - e isto tudo noite cerrada-, Chef Chaouen seria apenas recordada da forma mais positiva.
Aldeiazinha perdida no meio das montanhas, casas caiadas de branco e azul, bela Medina repleta de coisas irresistíveis, um cházinho na casa do senhor Sahib a comtemplar o tempo...e o espectacular hotel Madrid. Depois disso a impressionante Fes, a capital Rabat, a 'Conímbriga africana' Volubilis e os incidentes Kenitra e Larache.

Mais de 500 fotos e 2000 km depois back to reality. Encruzilhada profissional, artigo de 4 páginas para escrever, e a carteira bem mais leve. E algumas conclusões, como:

- que selva urbana de Lisboa 'é para meninos ';

- quando uma pessoa pensa que 'se safa' no francês não sabe, de facto, a ponta de um corno;

- o verdadeiro significado de 'propina' e 'engodo';

- os comerciantes (oficiais e não oficiais) marroquinos só podem ser os mais eficientes (e chatos) do mundo;

Mas, como diz o Chico (o Buarque): Foi boa a festa, pá. Estou contente.

Chuac*